terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"O Sonho"

Não importa o tamanho de nossos sonhos, se podemos sonhar é que podemos realizar. Em certa vez escutei uma historia de um pobre mendigo que sempre pedia esmolas e roupas velhas para poder comer e se vestir, dormia em baixo de uma espécie de cabana construída com papelões e pedaços de madeiras em um terreno baldio, um dia um homem muito rico comprou o terreno e ordenou que o mendigo saísse, a filha mais nova perguntou a seu pai:
- Mas pai para onde esse pobre homem ira, se esta velha cabana é tudo que tem?
Seu pai um homem estudado, mas muito rude em suas ações, respondeu a filha:
- Querida a vida acomodou aquele homem com esmolas e roupas velhas, com restos de madeiras ele fez aquela pobre cabana, agora ele terá que recomeçar novamente sua vida, dei-lhe a oportunidade de um novo começo, agora depende de sua própria vontade.
A filha mesmo com as explicações ficou decepcionada com a atitude de seu pai, mas acabou baixando a cabeça por respeito e retirou-se. Passando-se exatamente dez anos, bateu na porta de sua casa um homem grisalho, com um semblante saudável e com um olhar muito dócil, este homem esticou sua mão e disse: - Bom dia minha jovem poderia falar com o proprietário do imóvel?   
A garota que agora já estava com dezoito anos respondeu que ele não se encontrava, mas poderia passar o recado para ela.
Então o homem encarou seus olhos e disse:
- Sou aquele pobre moribundo que vivia naquela velha cabana que existia aqui neste terreno quando vocês o compraram, quando seu pai me expulsou daqui e quebrou com seus pés minha cabana dizendo-me que aqui não era mais lugar de vagabundo dormir, eu sai caminhando por ai sem rumo, e certo dia dormindo em baixo de uma passarela tive um sonho, que eu era um homem normal e que tinha duas pernas e dois braços, e que podia realizar tudo que quisesse através do meu próprio trabalho. Acordei com o barulho da chuva forte, fiquei encolhido olhando as pessoas passarem apressadas provavelmente indo para seus trabalhos, casas, famílias e eu ali atirado no chão como sendo invisível a todos, foi quando cruzou na rua um homem em uma cadeira de rodas, este homem sorria e agradecia a Deus por sua vida.
Espantado com a sena perguntei ao homem:
- Como poderia ser tão feliz se não podia nem ao menos caminhar?
Ele rapidamente sorriu e me respondeu:
- Posso não ter o movimento de minhas pernas para caminhar, mas tenho meus braços para rodar minha cadeira e assim sigo a vida com aquilo que Deus me ofereceu, é melhor agradecer do que resmungar.
- O homem partiu em sua cadeira de rodas cantando e sorrindo como se tudo em sua vida fosse perfeito. Agachei-me e comecei a chorar por vergonha de minha própria vida, então em uma súbita decisão de raiva e vergonha decidi ir à busca de ajuda, não demorou muito arrumei um emprego em um núcleo social da prefeitura para trabalhar com obras, procurei um albergue onde poderia ter comida e roupas limpas para usar. Continuei a trabalhar e a me profissionalizar, aos poucos descobri que eu tinha uma imensa capacidade para trabalhar com construções, conheci uma adorável senhora com a qual obtive matrimonio e tivemos dois filhos, hoje trabalho de mestre de obra, construí minha própria casa, minhas filhas e esposa me amam e me respeitam, tornei-me um homem muito feliz. E tudo isso graças ao seu pai, pois me acomodei com as migalhas que a vida me dava e nunca fui à busca de meus sonhos, ao me expulsar daqui seu pai deu-me a possibilidade de um novo começo. E através de um sonho descobri que Deus já tinha me dado as ferramentas necessárias bastava utilizá-las para alcançar a felicidade.
A garota com os olhos cheio d'água abraçou o homem e agradeceu por ele ter voltado até ali e tirado aquele enorme peso de suas costas, agora ela sabe que seu pai agiu corretamente ao acreditar mesmo que secretamente na capacidade daquele pobre mendigo.


“Moral da historia, se pararmos de reclamar e agirmos com fé e força, nenhum sonho por mais absurdo que possa parecer será impossível, pois Deus nos permite sonhar assim como nos da às ferramentas para a sua realização basta usarmos com dignidade e sabedoria.” 

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